Açúcar e Violência

(continuaçao de   https://acucar-veneno.blogspot.com/ )

    Nas Grandes Guerras atuou Max Gerson (1881-1959), médico militar germânico que teria passado incógnito pela História se nao fosse por sua aguçada curiosidade científica.
    Eixo e Aliados alternavam cercos ao inimigo, impedindo que lhes chegassem suprimentos, como armas, muniçao, vestuário, medicamentos e até alimentos.  Naquelas ocasioes de extrema privaçao, Gerson observou um paradoxo:   a saúde geral dos combatentes  melhorava  a cada cerco imposto pelos Aliados!  Intrigado, e descrente de coincidência, Gerson buscou motivo lógico que explicasse o fato.  Resolveu verificar in loco o que acontecia no front.  Na falta de suprimentos, e sem opçao, os soldados se alimentavam daquilo que houvesse à sua volta:  vegetais colhidos diretamente do solo, insetos, vermes, e, mais raramente, animais abatidos nos bosques de combate e das fazendas próximas. 
    Curiosamente e ao mesmo tempo, também os civis ingleses constataram o mesmo fenômeno durante os cercos que lhes foram impostos pelo Eixo.  Sendo ilha, a Grã-Bretanha era alvo fácil para os bloqueios navais, durante os quais, e a despeito da fome reinante, a saúde geral da populaçao britânica se elevava.
    Ao lado dos horrores, as guerras sao fecundas em invençoes  (exemplos recentes sao a Internet e o GPS).  Para que a logística militar suprisse os combatentes em locais remotos de difícil acesso, já se sabia que a adiçao de conservantes químicos aos alimentos os tornava tóxicos.  Mas Gerson mapeou causas-e-efeitos até chegar a um motivo maior:  o açúcar.
    Orian Truss  (The Missing Diagnosis), diretor de hospital nos EUA, observou estreita relaçao entre a Síndrome de Candidíase Polissistêmica Crônica  (SCPC)  e uma vasta variedade de doenças "clássicas"  (tanto físicas quanto psíquicas)  -  e é sabido que açúcar é o principal alimento para o fungo Candida albicans, causador daquela síndrome.
    Trowbridge e Walker, pesquisadores na área médica, confirmam as observaçoes de Gerson e Truss, reunindo em seu livro  The Yeast Syndrome  uma coletânea de trabalhos de vários outros médicos com uma infinidade de evidências que corroboram a relaçao triangular  açúcar-C.albicans-SCPC.
    Abram Hoffer  (médico canadense PhD, Orthomolecular Medicine for Physicians)  reconhece a chamada Síndrome Metabólica do Açúcar  (SMA), e defende que açúcar deveria ser banido como droga  (o autor relata, por exemplo, que, em experimento controlado em presídios de segurança máxima, a remoçao do açúcar da dieta reduziu drasticamente a violência entre prisioneiros!).
    Sabe-se hoje que o açúcar favorece doenças por pelo menos três mecanismos:  (1) fomentando proliferaçao da C. albicans, causadora da SCPC  e inúmeras doenças a ela associadas;  (2) promovendo a SMA;  (3) atuando também diretamente sobre o sistema nervoso central, onde produz distúrbios psíquicos, emocionais e mentais.
    Quanto mais cedo se experimenta determinado sabor, maior a tendência de querermos sempre mais, isto é, mais intensa e arraigada a "memória gustativa" que perdura por nossa existência.  Segundo Hoffer,  O vício por açúcar pode começar na infância. Açúcar é tao viciante quanto heroína ou morfina, e durante o desmame os pacientes podem sofrer sintomas similares de retirada da droga  (...)  O vício em açúcar cria um padrao de comportamento antissocial.
    Para corpo e mente, açúcar refinado  é o mais onipresente dos tóxicos,  e acelera o envelhecimento.  Isto vale também para mascavo, cristal, demerara, centrifugado...  Ideal seria eliminar alimentos que contenham açúcar  (doces, refrigerantes, biscoitos, bolos, mel, e quaisquer outros).  Produtos industrializados disfarçam a presença de açúcar sob nomes como sacarose, glicose, frutose, lactose, galactose, xarope de milho, dextrose, maltodextrina e vários outros.  A literatura médica é inequívoca, mas amordaçada pelo poder econômico do lobby  açucareiro.

Veja um TED a respeito:   https://www.youtube.com/watch?v=lEXBxijQREo

Em seu livro Homo Deus, Harari (historiador israelens contemporâneo, autor de Sapiens),  escreveu:  Açúcar é mais perigoso do que a pólvora.

Paul van der Velpen,  pesquisador holandês  e cabeça da saúde pública de Amsterdam  (onde cannabis é legalizada !!!):   Açúcar é a droga mais perigosa da história.
https://www.geonoticias.com.br/pesquisador-holandes-afirma-o-acucar-e-a-droga-mais-perigosa-da-historia/

    ... mas como substituir o açúcar?  No mercado há grande variedade de adoçantes artificiais (muitos derivados de petróleo!!!), mas a experiência ensina que, cedo ou tarde, comestíveis sintéticos se mostram  invariavelmente  nocivos  (corantes, edulcorantes, aromatizantes, preservativos, estabilizantes, transgênicos...).
    Por ocasiao da Guerra do Golfo, o governo norte-americano encontrou dificuldades logísticas para hidratar seus combatentes naquele clima causticantemente quente, que exigia a ingestao de enormes quantidades de líquidos.  O Estado Maior recomendou aos soldados que nao bebessem água dos poços locais  -  deliberadamente envenenados pelo inimigo.  Mediante acordo de vantagens tributárias, um fabricante de  cola  se prontificou a suprir hidrataçao com seus refrigerantes e toda a logística envolvida.  Os militares objetaram que o açúcar contido nos refrigerantes 'amoleceria' os soldados  (fato!).  Alternativamente, o fabricante propôs a versao 'diet', adoçada com aspartame.  A despeito da curta duraçao da guerra, o consumo intensivo de enormes volumes da bebida artificialmente adoçada  repatriou dezenas de soldados em cadeira de rodas, devido a danos neurológicos irreversíveis pelo adoçante sintético.
    Para quem nao abre mao dos doces, alternativa para o açúcar é a stevia, pequena flor da qual se extrai seiva de alto poder edulcorante  (ao adquiri-la, no entanto, convém verificar na composiçao se nao tem associados adoçantes artificiais  -  exija Stevia 100%).  Stevia é disponível líquida ou em pó.
    Claro que o açúcar nao é o  único  responsável pela crescente violência planetária, e, sendo causa já identificada, deveria ser objeto de atençao dos governos, mas, até que isto ocorra, cabe ao indivíduo alertado  o uso do seu livre arbítrio.  Seria bom começo que cada célula familiar, consciente, cultivasse o hábito de evitar o açúcar sob todas as suas apresentaçoes  -  sejam variaçoes do açúcar, seja pelos produtos que o contêm  (como refrigerantes, bolos, biscoitos  e até o próprio mel, que, a despeito do maravilhoso própolis, contém grande quantidade do famigerado açúcar).

(*)  V. tb. www.acucar-veneno.blogspot.com 


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